A pele que me cobre

A cruel verdade sobre a origem da bela idumentária de frio. O custo da elegância é o tema da estréia do quadro 'O que eles não te disseram'.

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Entre búfalos e leões

A 'A vida em seu curso' revela uma análise sobre as táticas adotadas por dois gigantes das savanas africanas na luta pela sobrevivência. Confira no site.

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Apresentando as duas raças da semana. O gato de pelos encaracolados e o cão que veio fugido dos horrores da Revolução Francesa.

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Pequenos mas preocupantes, eles mostraram que a lista de perigos em uma guerra abrangia um pouco mais do que o esperado. Saiba porque, no primeiro post da nova série '7 surtos'.

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A magia por trás da lenda. A verdade por trás da magia. Fique por dentro de um dos mais curiosos espetáculos da vida aquática protagonizado por uma gigante da bacia amazônica no novo post de 'A vida em seu curso'.

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Nova tag 'Arte animal' essencialmente apresenta a natureza como fonte inspiração. Confira as mais diversas técnicas utilizadas pelos artistas do mundo animal!

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quinta-feira, 7 de março de 2013

Gigantes aquáticas



O Truque das Vitórias-régias

        A lua sempre teve seus enigmas, pintada em muitas culturas como uma divindade, em outras como fonte de poderes místicos. Para os tupis-guaranis ela era Jaci, uma deusa que tinha o costume de levar para seu lado as mais belas mortais de uma tribo, transformando-as em estrelas brilhantes. Os tupis-guaranis contam a história de uma índia que ansiava tanto por esse momento que não pensava em outra coisa. Sem nunca ser de fato escolhida, ela definhava em expectativa. Certa noite, ao mirar-se em um igarapé de águas claras viu a imagem do astro refletido e atirando-se nele, se afogou, nunca mais retornando à superfície. A Lua, que a tudo observava, sentiu profundamente pela morte da jovem e apiedando-se de sua sina, transformou-a em um tipo diferente de estrela. Uma planta que se apoia no leito dos rios cujas flores brancas e perfumadas desabrocham tão logo anoitece.
    Apenas uma lenda, certamente. Mas o olhar atento consegue perceber sem dificuldades de onde veio a parte fantástica que a história conta. A magia das vitórias-régias.


        Com folhas circulares bastante resistentes (algumas conseguem suportar uma carga de 40 quilos se bem distribuídos pela sua superfície) e chegando a recordes de mais 2,5m de diâmetro, é fácil saber o porquê de a vitória-régia (Victoria amazonica) ser uma das maiores plantas aquáticas do mundo.
        E realmente única. Sobre a superfície da folha elevam-se bordos de até 10 cm que revelam a parte inferior da planta, espinhenta e avermelhada, apresentando grossas nervuras cheias de ar que atuam na sua flutuação. As folhas são verdadeiros refúgios para animais cansados, ou áreas de caça para as mais variadas aves amazônicas que procuram dali insetos e peixes.



        Mas o mais curioso sobre a planta é o método de reprodução por ela adotado. As flores têm muitas pétalas e se abrem plenamente. Há duas variedades: a branca e a rosa. As flores brancas são femininas, sem pólen, desprendendo um forte aroma que se assemelha ao do abricó, irresistível aos vários besouros que, trazendo colado aos seus corpos pólen das outras flores, banqueteiam-se em seu interior. A flor desabrocha totalmente no fim da tarde e permanece assim até a noite, quando recolhendo as pétalas, acaba também por enclausurar o besouro que ali estava. Não tão ruim assim para o inseto que, embora preso, está a salvo de predadores e pode se fartar do doce néctar.


        Com a chegada da segunda noite ela torna a desabrochar, e agora sua coloração é rosa (flor masculina e com pólen), sinal de que foi então fertilizada. O besouro mais uma vez coberto com o pólen de sua bela prisão, se vê livre para abandoná-la e encontrar novas flores brancas e perfumadas para fertilizar, recomeçando mais uma vez o mágico ciclo.




       
       A flor fecundada é finalmente tragada para debaixo d'água e ali originará o fruto.

       Acompanhe por um documentário da BBC o fantástico processo!







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